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Saiba tudo sobre a Síndrome de Cockett


Alteração degenerativa lenta e progressiva que resulta na fraqueza da parede venosa, ocasionando refluxo


Também conhecida como Síndrome de May-Thurner, a Síndrome de Cockett é uma variação anatômica bastante específica e rara. De acordo com uma pesquisa publicada pela Radio Graphics em 2012, a condição foi diagnosticada entre 2 a 5% de pessoas em avaliação de doença venosa crônica. Dessas, 72% eram mulheres, com idade entre 20 e 50 anos.


O que acontece na Síndrome de Cockett

É uma condição normal do organismo que a veia ilíaca esquerda se entrelace com a artéria ilíaca direita. Em algumas pessoas, fatores como a pulsação arterial e a própria formação genética fazem com que a veia ilíaca esquerda seja comprimida pela artéria ilíaca direita, apertando-a contra a coluna lombar. É isso que caracteriza a Síndrome de Cockett.

Mais do que uma mera compressão, a condição causa lesões no revestimento interno da veia e um consequente estreitamente que leva ao acúmulo de sangue no local. O resultado vai desde o surgimento de varizes pélvicas e inchaço até formar trombos. Em casos mais graves da Síndrome de Cockett, pode haver trombose venosa profunda.


Lembrando que na trombose venosa profunda pode haver o desprendimento do coágulo, que se desloca até o pulmão e obstrui uma artéria. Esse episódio é chamado de embolia pulmonar e, conforme o tamanho do coágulo e a extensão da área comprometida, pode ser fatal.



Tem tratamento?

Além do exame clínico feito pelo cirurgião vascular, a realização de ultrassom confirma se os sintomas relatados se referem mesmo à Síndrome de Cockett. Esse exame permite a visualização da área comprimida e a avaliação dos sinais dos trombos. O ultrassom ainda é usado para confirmar a assimetria do fluxo circulatório – aqui, é feita uma comparação entre os lados esquerdo e direito do corpo. Procedimentos como angiotomografia e angioressonância nuclear magnética também podem ser solicitados para confirmar o diagnóstico.


Ainda que o tratamento da Síndrome de Cockett seja delicado e doloroso, com inovações tecnológicas em cirurgia endovascular é possível obter bons resultados com intervenções mínimas. Através da virilha, são introduzidos cateteres e guias que irão ultrapassar a área de compressão. Então, é implantado um stent que irá manter a veia aberta, restabelecendo o fluxo sanguíneo adequado. Todo o procedimento pode ser feito com anestesia local sem necessidade de pontos.


Agende uma consulta de avaliação. Para saber mais sobre saúde vascular, navegue pelo meu blog.

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