Dois terços das amputações dos pés estão relacionados a essa condição. Controlar o diabetes e redobrar os cuidados com os pés podem evitá-la
O pé diabético é a complicação crônica mais comum e incapacitante do diabetes. Estima-se que dois terços de todas as amputações dos pés que não sejam causadas por acidentes ou fatores externos estejam relacionados a essa patologia. Entender a origem do problema e quais medidas de prevenção existem é fundamental para viver com qualidade. Saiba mais a seguir.
O que causa o pé diabético
O diabetes surge quando o organismo não produz insulina (hormônio responsável pelo controle da glicose no sangue) ou não consegue empregar adequadamente essa substância – o que configura um quadro de diabetes.
Dessa forma, o diabético ( tipo 2) que não realiza o tratamento adequado, permanecendo com níveis elevados de glicose no corpo, pode sofrer diversas consequências, e uma delas é o pé diabético, que se caracteriza por alterações neurológicas, vasculares e infecciosas nos pés.
A maioria das pessoas que apresenta algum grau de alteração neurovascular nesses membros terá formigamentos, câimbras, diminuição da sensibilidade, diminuição da pulsação arterial e da temperatura, e também palidez.
Além disso, o diabetes descompensado pode levar ao desenvolvimento de feridas de difícil cicatrização e alterações dermatológicas, como calos, rachaduras, espessamentos das unhas e micoses. Em casos graves, o pé pode gangrenar.
Como prevenir
O controle dos níveis de glicose no sangue é a principal medida de prevenção do pé diabético e outras complicações de saúde do diabetes. Mas, saiba que também é importante redobrar a atenção com os cuidados dos pés.
Veja algumas dicas:
Faça uma inspeção diária nos pés. Se achar ferimentos e micoses, procure um dermatologista;
Evitar contato dos pes com temperaturas extremas;
Lave os pés com sabonetes suaves e enxugue-os cuidadosamente com toalhas macias. Lembre-se de secar a região entre os dedos;
Passe hidratante regularmente;
Procure usar calçados macios, largos e sem costuras internas ou outros detalhes que possam causar atritos com a pele;
Evite andar descalço ou com sandálias, pois isso eleva o risco de ferimentos.
Não cortar ângulos das unhas;
Não remover calosidades.
Tratamento do pé diabético
Nos casos em que não há feridas ou infecções, a má circulação pode ser bem tolerada pelo indivíduo. No entanto, em outros casos, há necessidade de tratamento cirúrgico, drenagens, desbridamentos e revascularização ( Pontes ou Angioplastia). Em outras situações, podem ser recomendadas ressecções ósseas, ou amputações.
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